Vó Luzia, saudades!
A mãe do meu pai se chamava
Luzia Quirino Silva, nesta época
de nove anos, foi morar conosco,
pois a família revezava, quatro
a cinco anos com um filho, e
assim ia de casa em casa, dos
vinte e um filhos, sendo que dela
eram onze. Meu avô ficou viúvo
com onze filhos, e se casou com a
minha avó (ela tinha uns quatorze
anos na época). Então na verdade
ela ficava nas casas dos onze filhos.
Eu achei maravilhoso, pois como
estava falando, ela gostava de
contar histórias da fazenda, da vida dela.
Como minha vó gostava de me
ouvir, de ficar comigo, tornamos
amigas às escondidas na
madrugada da noite.
Minha proibição era dormir com ela,
ou ficar acordada durante a noite
para ir para escola acordada.
Mas vou contar um segredinho
que somente minha vó sabia,
quando todos iam dormir, eu saia
de pé em pé, tentando não fazer
barulho, e dormia com minha vó
quase todos os dias.
Primeiro que ficava preocupada,
pois a lâmpada de ligar era daquelas
que ficava pendurada no meio
do quarto, balançando, e tinha que
pisar no chão, para ir no penico
para fazer xixi, poderia cair
e se machucar.
E o melhor eu ia ouvir histórias
maravilhosas da minha vó.
Quando ela cansava ou dormia,
ia na luz e desligava. E de
madrugada quando queria fazer
xixi, eu corria ligava a luz,
esperava fazer xixi, e deitar.
Amava minha avó Luzia e
amo minha mãe Helena Moraes,
são mulheres guerreiras, determinadas, focadas, trabalharam muito na fazenda, sabia e sabe fazer
de tudo na cozinha,
deste requeijão, queijos, doces,
e outros milhares.
Com vinte dois filhos, minha avó,
sendo que onze não era dela.
Minha mãe com cinco filhos, também
é muito difícil.
Fiéis e dedicadas aos maridos.
O mais importante é que, sim,
minha avó e minha mãe entregaram suas vidas para Jesus. Minha avó, uns meses antes
de morrer, então graças a Deus,
vou vê-la em breve, na eternidade.
Obrigada Jesus porque
aprendi muito.
Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus.
Filipenses 4:6
Aquele que habita no abrigo do Altíssimo
e descansa à sombra do Todo-poderoso pode dizer ao Senhor:
“Tu és o meu refúgio e a minha fortaleza,
o meu Deus, em quem confio”.
Salmos 91:1-2
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